Descrição enviada pela equipe de projeto. A Austrália, como a maior parte do mundo, está em meio a crises habitacionais e ambientais. Esta é, portanto, uma tentativa de resolver os problemas contemporâneos com uma combinação de abordagens tradicionais e inovadoras.
O núcleo do projeto é a noção de localidade, regionalidade e "tasmanianidade". A linguagem desta modesta residência representa uma interpretação contemporânea do que o arquiteto acredita ser o mais belo e apropriado dos precedentes da Tasmânia: o vernáculo do período georgiano.
Na medida do possível, o volume utiliza materiais brutos, não tratados e de origem local, como madeiras nativas e de plantações de origem sustentável ou isolamento de lã de ovelha. Tintas e tratamentos químicos foram totalmente evitados. O uso de materiais sintéticos foi minimizado para cumprir com o Código de Construção da Austrália. Se a mobília e alguns outros componentes forem removidos, a edificação pode se decompor livremente e, eventualmente, se tornar um jardim orgânico certificável.
Esta pequena cabana representa a primeira fase de um pavilhão maior, projetado para existir confortavelmente como uma ou duas unidades residenciais independentes: um estúdio e uma casa de dois quartos, cada uma se abrindo para seu próprio jardim privado. As unidades serão interligadas por um pátio parcialmente envidraçado, servindo também como quebra-vento e anteparo visual.
O projeto foi construído comercialmente a um custo equivalente a uma casa de baixo orçamento, refletindo a inventividade típica da Tasmânia e a capacidade de tirar o máximo proveito de pouco.
A edificação demonstra a capacidade do estado insular de ser totalmente autossuficiente em materiais de construção e serve como um protótipo facilmente replicável de um modelo de habitação acessível e de origem local.